Rio -  Atrás das grades há quase dois anos, o ex-goleiro Bruno, 27 anos, ainda tenta se adaptar à rotina de detento. A vida regada a orgias, sucesso e muito dinheiro ficou para trás. Hoje, o ex-capitão do Flamengo vive de forma espartana na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde aguarda julgamento pelo brutal assassinato da modelo Eliza Samudio, com quem ele teve um filho. Bruno agora serve o café da manhã aos companheiros de cadeia.
Foto: André Mourão / Agência O Dia
Preso em Minas, Bruno foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver | Foto: André Mourão / Agência O Dia
O ex-jogador foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. Eliza está desaparecida desde junho de 2010, quando tinha 25 anos.

“Ele acorda cedo, abre a cela e recebe um carrinho com o galão do café. Vai passando de cela em cela servindo o café nos copos dos presos”, revela Ângela Maria Rosa Sales, 46, tia de Bruno, que o criou junto com dona Estela, sua avó.

Depois do café, o ex-goleiro começa a faxina na penitenciária, pela qual recebe mensalmente 75% do salário mínimo, R$ 466,50. Mas é nas duas horas de sol diárias que ele relembra os tempos do futebol. Autorizado pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Bruno exercita seus reflexos usando meião, caneleira e bola.