Fundo raso para o bônus oferecido aos bombeiros
A gratificação que o governo propôs equivale a 49% do Funesbom de 2010. Projeto de lei prevê 30% para esse pagamento, mas presidente da Alerj garante que há verba
POR CELSO OLIVEIRA
Rio - Caso seja aprovada na próxima quarta-feira, a emenda que inclui gratificação de R$ 350 no projeto de lei (PL) do governador Sérgio Cabral, que destina até 30% do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para pagamento dos militares, poderá obrigar o governo a fazer uma “mágica financeira”. Se já estivesse valendo ano passado, quando o fundo arrecadou R$ 125 milhões, só a gratificação paga a todos os bombeiros da ativa abocanharia quase metade do Funesbom.
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A mesma emenda deverá propor a inclusão no projeto de pagamento do vale-transporte, uma das reivindicações dos bombeiros. Neste caso, o rombo no fundo, que recebe recursos de dez fontes, entre as quais a taxa de incêndio (cerca de 90% do ‘bolo’), é ainda maior. Em um ano, a despesa com a gratificação dos 16.202 militares ativos chegaria a R$ 62,3 milhões. Essa quantia corresponde a 49% dos R$ 125 milhões arrecadados pelo Funesbom em 2010, uma cifra recorde. A previsão de arrecadação para este ano é de R$ 107 milhões.
Deputados da bancada governista afirmam que o estado está se planejando para completar o que exceder os 30% propostos no projeto de lei. “O governo está se preparando para esse impacto. Se ultrapassar, ele arca com as fontes do Tesouro estadual. Na verdade, o caixa é um só, dá no mesmo”, afirmou o deputado Paulo Melo (PMDB), presidente Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Melo ainda classificou a previsão de arrecadação do Funesbom para este ano de “equivocada”. “Tenho informações de que o Funesbom vai fechar 2011 com pelo menos R$ 150 milhões”.
O DIA procurou ontem assessores de imprensa do Governo do estado e das secretarias de Fazenda e Planejamento, mas ninguém quis se manifestar sobre o possível impacto no Funesbom antes da aprovação do projeto de lei.
Comando se reúne com manifestantes na segunda
Nova janela de negociação se abriu ontem entre governo e bombeiros. O comandante-geral da corporação, coronel Sérgio Simões, convocou os 15 líderes do movimento para reunião na segunda-feira.
Ontem também, Simões prometeu o fim das punições ‘geográficas’, garantindo que não haverá novas transferências punitivas, e convidou o capitão Lauro Botto, líder dos grevistas, para dirigir a área de Instrução do Corpo de Bombeiros, junto ao Estado-Maior.
Ao longo do dia, foi pequena a movimentação de bombeiros na porta da Alerj. Alguns militares acompanharam passeata dos professores da rede estadual, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no Centro.
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A mesma emenda deverá propor a inclusão no projeto de pagamento do vale-transporte, uma das reivindicações dos bombeiros. Neste caso, o rombo no fundo, que recebe recursos de dez fontes, entre as quais a taxa de incêndio (cerca de 90% do ‘bolo’), é ainda maior. Em um ano, a despesa com a gratificação dos 16.202 militares ativos chegaria a R$ 62,3 milhões. Essa quantia corresponde a 49% dos R$ 125 milhões arrecadados pelo Funesbom em 2010, uma cifra recorde. A previsão de arrecadação para este ano é de R$ 107 milhões.
Deputados da bancada governista afirmam que o estado está se planejando para completar o que exceder os 30% propostos no projeto de lei. “O governo está se preparando para esse impacto. Se ultrapassar, ele arca com as fontes do Tesouro estadual. Na verdade, o caixa é um só, dá no mesmo”, afirmou o deputado Paulo Melo (PMDB), presidente Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Melo ainda classificou a previsão de arrecadação do Funesbom para este ano de “equivocada”. “Tenho informações de que o Funesbom vai fechar 2011 com pelo menos R$ 150 milhões”.
O DIA procurou ontem assessores de imprensa do Governo do estado e das secretarias de Fazenda e Planejamento, mas ninguém quis se manifestar sobre o possível impacto no Funesbom antes da aprovação do projeto de lei.
Comando se reúne com manifestantes na segunda
Nova janela de negociação se abriu ontem entre governo e bombeiros. O comandante-geral da corporação, coronel Sérgio Simões, convocou os 15 líderes do movimento para reunião na segunda-feira.
Ontem também, Simões prometeu o fim das punições ‘geográficas’, garantindo que não haverá novas transferências punitivas, e convidou o capitão Lauro Botto, líder dos grevistas, para dirigir a área de Instrução do Corpo de Bombeiros, junto ao Estado-Maior.
Ao longo do dia, foi pequena a movimentação de bombeiros na porta da Alerj. Alguns militares acompanharam passeata dos professores da rede estadual, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no Centro.
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